Já está disponível no site da Escola Superior o Relatório “Demandas de Saúde Mental dos Atendimentos de 2022 da Rede Acolhe. O relatório foi conduzido pelas Defensoras Públicas Gina Kerly Pontes Moura (Defensora Supervisora) e Michele Cândido Camelo (Defensora Respondente), com a coordenação técnica de Thiago de Holanda Altamirano e participação da Equipe Psicossocial Ana Jéssica de Lima Cavalcante (Psicóloga), Ingryd Melyna Dantas da Silva (Assistente Social), Lorena Brito da Silva (Psicóloga) e Maria Isabel Rocha de Castro (Assistente Social).
Na introdução, esclarece-se “A REDE ACOLHE é um programa de Atenção Integral às Vítimas da Violência, vinculado à Defensoria Pública do Estado do Ceará, que busca promover a assistência jurídica e psicossocial aos familiares das vítimas de crimes graves contra a pessoa e ameaçados de morte. Nesses 06 anos de existência, temos acompanhado familiares de vítimas de homicídio e feminicídio, atendendo ainda às vítimas e familiares de tentativa de homicídio e feminicídio, violência institucional e ameaça de morte. São profundos os impactos das violências no contexto familiar e comunitário e tendo como centralidade o acompanhamento familiar, apostamos na atenção integral tanto para minimizar tais impactos, como para prevenir outras mortes ou violências graves à família”.
Ao final, já nas considerações finais, enfatiza-se “Destacamos que cada tipo de violência de modo bastante singular demandará encaminhamentos específicos considerando as faixas etárias, o gênero, as territorialidades e a extensão dos efeitos das violências sofridas. Nos casos em que há mortes (homicídio e feminicídio, por exemplo), ficam os desafios diante desdobramentos jurídicos, econômicos e de reconfigurações dos núcleos familiares diante da perda. Nos de tentativas de homicídio, feminicídio e lesões graves, soma-se pensar um fluxo de atendimento em saúde para a convivência com as lesões e sequelas das violências sofridas. Nos de tortura em instituições e violência policial, a contraditória necessidade performar um Estado que acolhe e garante efetivação de justiça diante de um braço do Estado que violenta. Nos de ameaças de morte, que é a bandeira vermelha/ emergencial da atenção que ofertamos, fica o desafio de articular proteção integral em meio à necessidade urgentes de afastamento da vida cotidiana e tudo que isso implica. Em todos os casos, o sofrimento psíquico diante das perdas e seus atravessamentos na elaboração/ impedimento de viver os processos de luto. Que essas reuniões e problemáticas apresentadas sejam mais um passo para o acolhimento e reparação que as pessoas e famílias de vítimas de violência tanto necessitam”.
O relatório está disponível na aba PUBLICAÇÕES – RELATÓRIOS desta página da Escola Superior.