Que o 08 de março não seja apenas lembrado por comemorações, mas também por lutas!
Em pesquisa realizada pelo NUESP – Núcleo de Pesquisa da Defensoria Pública a partir de dados do NUDEM – Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, em um recorte temporal de de janeiro a dezembro de 2022, de um total de 518 mulheres atendidas, “Quem é a mulher vítima de violência doméstica?”
82% são Pretas ou Pardas – 31% estão entre 26 e 35 anos – 71% tê, filhos com o agressor – 19% estão desempregadas.
40% sofrem há mais de 06 anos – 67% tem agressor reincidente – 37% possuem o ensino superior completo – 61% dos casos, os filhos presenciaram cenas violentas.
20% sofreram violência doméstica na casa dos pais – 54% são solteiras, mas vinham com seus -ex-companheiros – 67% têm a renda mensal de até 01 salário-mínimo – 34% trabalham como autônomas.
Números que assustam e revelam a triste realidade de um Brasil que ainda convive com a violência de gênero.
“Isso é um dado alarmante porque o estresse psicológico com a situação pode fazer com que essa criança venha a repetir ou aceitar ser vítima de relações abusivas no futuro. Além desses números, a pesquisa revelou que 20% das mulheres ouvidas vivenciaram violência doméstica na casa dos pais quando criança ou adolescente. É um crime que atinge as futuras gerações e nos demonstra que cada vez mais todos os órgãos que compõem a rede de proteção a essa mulher precisam estar juntos para que as pessoas não tenham isso como algo comum”, pontua a supervisora do NUDEM Fortaleza, defensora Jeritza Braga.
Refirme-se, que o dia 08 de março não seja um dia para celebrar as conquistas, mas que seja um dia para reafirmar as lutas que devem ocorrer ao longo de todo o ano.
“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre” – Simone de Beavouir.